O desejo de transgredir, de testar a si mesmos ou parceiro, o tédio da rotina habitual. Há muitas razões que podem levar um relacionamento para viver de forma diferente, para quebrar uma das pedras angulares do casal em nossa sociedade, a monogamia.
Nós conversamos sobre o assunto com o gerente do site de swing trocadecasais.net.br, que prefere manter o anonimato.
Em sua experiência, o swing é um tema “para filme” ou é realmente um desejo e uma necessidade comum em casais reais?
“Eu não posso falar com base em dados estatísticos relativos a todo o Brasil porque no meu conhecimento nunca foi feita um levantamento específico. No entanto, a julgar pela proliferação de sites Internet como o nosso e casas noturnas dedicadas a pessoas que amam o swing diria que é um desejo absolutamente “real”. Muitos cultivam-lo como uma fantasia para a vida, simplesmente imaginaam, sonham, outros passam para a ação.”
Se for, então um desejo real, porque a gente gosta muito?
“Para ter um outro parceiro sexual além do oficial, é claro! Aliás, com o consentimento ea cumplicidade deste último. A lealdade, a fidelidade é uma disciplina que nem todos estão dispostos a sofrer. As mulheres, em alguns casos, podem satisfazer um desejo exibicionista: nos clubes para swingers não há portas fechadas… Pela mesma razão, os homens, pela maior voyeristas, podem encontrar prazer até mesmo como meros espectadores. Em alguns casos, acontece que as mulheres dos dois casais interagem, fazem sexo, e homens observam, pode ser muito excitante para eles, mesmo que não sejam diretamente envolvidos.”
Qual o impacto na vida prática do casal? Simplificando, quais são os prós e os contras?
“O sexo é um prazer, é bom que cada um faça as experiências que deseja fazer, sem inibições mas também sem obrigações. Nas trocas de casais a regra geral é que cada um vai até onde deseja ir, sem obrigação de fazer qualquer coisa que não quer. No swing um “não”, principalmente de uma mulher é respeitado e não é visto como uma ofensa.
Por contra na prática da troca de casais você pode encontrar algumas dificuldades. Eu tive pedidos de ajuda de casais que tinham experimentado a troca superestimando sua capacidade de liberar os parceiros de se expressar sexualmente com outra pessoa, deixando emergir aspectos não conhecidos, às vezes, para o companheiro habitual. Em outros casos, a prática da troca tornou-se, por um dos dois, necessária para a excitação e para a outra metade esta necessidade foi insustentável.”
Supondo que alguem tenha decidido experimentar esta nova experiência, como melhor poderia propor-lo para seu parceiro?
“Provavelmente a forma mais tranquila é começar falando de fantasias, pode abordar o assunto como um cenário imaginário, como um sonho erótico. A reação que ele/ela vai ter, será útil para entender como o parceiro poderia viver na realidade tal experiência, talvez adicionar ou alterar determinadas variáveis, como em um primeiro tempo experimentar a intimidade apenas com uma outra pessoa e, em seguida, possivelmente, com um casal. Seria útil também sondar se o parceiro prefere fazer sexo com casais com quem já tem familiaridade, como um casal de amigos, ou um casal completamente desconhecido. Às vezes acontece que nos sentimos mais protegidos com os amigos ou, inversamente, com pessoas que talvez nunca se encontram antes e/ou com as quais se estabelece aquele único tipo de ligação.
Uma possibilidade oferecida por sites como trocadecasais.net.br é de familiarizar online com um casal desconhecido, tavez com uma chat picante, e combinar um encontro só quando já tem uma certa intimidade”.